terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A Festa das Bruxas (Agatha Christie)

Nada como um livro mais pequeno e mais leve, para ter revisões mais frequentes. Não há muito a dizer sobre este livro que não estrague a leitura a quem não o leu. Mas devo dizer que é mais um livro do género típico da Agatha Christie, em que no último capítulo são apresentados todos os detalhes que durante o livro não apareceram, e que explicam quem é o assassino (sim, lamento dizer, mas é assassinato). Mete-me nervos esta forma de organizar o livro. Embora goste da forma como o texto é escrito, goste das piadas do Poirot, mete-me nervos que nos policiais caia tudo de uma vez. Gosto quando o raciocínio dos personagens vai sendo partilhado, e de algum modo nos vai ajudando a chegar a uma conclusão.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

A Queda dos Gigantes

Isto custou... para além deste livro ser enorme (praticamente 950 páginas), e de ser apenas o primeiro volume de uma trilogia, tive vários problemas durante esta temporada. Por um lado meti um outro livro a meio, como vos contei, por outro lado estive doente, noutra altura com demasiado trabalho, e o livro foi ficando para trás...

Mas finalmente terminei. Não vou iniciar já o segundo volume, mas prometo que o hei de ler. Para já vou variar um pouco o tipo de leitura.

Em relação ao livro propriamente dito, e começando pelo menos importante, gosto sempre de comentar a tradução e edição do livro na língua portuguesa. O tradutor fez um excelente trabalho,
e os revisores também. Encontrei menos erros tipográficos neste livro do que em muitos de 100 páginas que já me passaram pela mão. Curiosamente, a coisa que menos gostei na tradução só aparece nas últimas páginas, a tradução do nome do Adolf Hitler como Adolfo Hitler. Concordo que a tradução do nome será essa, mas nenhum outro nome foi traduzido, porquê traduzir o nome do Hitler? Bem, a mim soou-me mal, e não gostei.

Em relação à forma de escrita, não muda muito ao que estamos habituados das obras de Ken Follett. A forma de contar a história também é a habitual, começando com um conjunto de pessoas distintas, em alguns casos até de continentes distintos, que mais cedo ou mais tarde se cruzam.

O que mais me desiludiu foi a história. Ao contrário do habitual nos livros de Follett, sinto este demasiado parado. Parece-se mais com um livro sobre a História do Mundo, em que se vão relatando os avanços e os recuos da primeira grande guerra, e não um romance. Não existe um vilão que esperamos que morra em breve. Não existe um ladrão ou assassino que não sabemos quem é, ou que ainda não foi descoberto. Não temos, pelo menos para mim, um chamariz, que nos faça agarrar o livro e não o pousar mais. A história é morna, avançando paulatinamente, sem grandes surpresas.

Esta minha opinião pode fazer-vos perguntar, então para que vais ler o segundo volume? Por um lado, já o comprei, e não gosto de desperdiçar dinheiro. Por outro lado, porque o Ken Follett nunca me desiludiu até agora, e portanto, acho que devo dar uma nova hipótese ao romance, na expectativa que melhore e se torne mais interessante.