quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Sejamos portugueses...

Gostava de saber porque é que os portugueses gostam tanto de usar terminologia inglesa quando existem palavras portuguesas com o mesmo significado. É pena, também, que os jornalistas não tentem dar o exemplo. Na imagem acima, os jornalistas do iOnline preferem o termo burka ao português correcto burca (de acordo com o dicionário da Porto Editora).

É provável que em breve escreva um pouco mais sobre os estrangeirismos desnecessários. Dêem valor à nossa língua! Usem-na. Façam-na crescer, e não desaparecer!

Será censura?

Hoje tentei votar num inquérito do Público. Não sei se foi propositado, dada a opção que escolhi, ou se será aselhice. Não experimentei a outra opção. Mas se usar um browser comum (Firefox 3.5) num sistema operativo cada vez mais comum (Mac OS X) não consegue votar no inquérito do Público. O código de validação não aparece, não permitindo a votação.

Possivelmente estão a contar que todos os portugueses, dado o plano tecnológico, são evoluídos e usam a última versão do Internet Explorer 6!!!

sábado, 23 de janeiro de 2010

Cura da Gripe A

Hoje a mensagem é curta. Também é triste. Mas é verídica. A cura para a gripe A é um terramoto no Haiti. É que não lembra nem ao Diabo...

sábado, 16 de janeiro de 2010

Casamentos homossexuais de Santo António

A discussão surgiu com um comunicado qualquer (não sei se verídico ou não) da câmara municipal de Lisboa, a dizer que os casais homossexuais poderiam concorrer para as vagas de casamentos civis a realizar na altura das festividades de Santo António, nos célebres casamentos de Santo António.

Evidentemente que logo a Igreja se chateou, e decidiu desbaratar. Pena é que não tenha desbaratado quando era lógico, ou seja, quando se sugeriu que existissem casamentos apenas por via civil (já há anos atrás). Ora, se nessa altura disseram amem, agora está na altura de engolirem em seco!

Do mesmo modo que para a Igreja é impensável dois homens ou duas mulheres contraírem matrimónio, também o é uma mulher e um homem passarem a fazer vida de casados sem passar pelo devido matrimónio. E, que eu saiba, não há uma graduação do que está errado ou certo.

Então, se decidiram aceitar o casamento civil nos casamentos de Santo António, está na hora de assumirem o erro, e aceitarem o casamento civil de Santo António de homossexuais. Como alternativa, deixem de permitir casamentos civis de Santo António como um todo.

Para terminar, fica um extracto de uma notícia do Jornal de Notícias que desmente o dito comunicado, mas que adiciona erros de Português, como já é apanágio dos jornalistas portugueses.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Sobre a adopção por homossexuais

Está em Portugal a despoletar a discussão sobre o casamento homossexual e sobre a adopção de crianças por estes casais. Antes de mais, devo dizer que não tenho nada contra o dito casamento. Pessoalmente fico triste que hajam miúdas que gostam de outras miúdas, porque assim a oferta diminui. E se até agora não arranjei nenhuma, as coisas começam a apertar. Por outro lado, não percebo porque é que estes querem casar. Eu, em Portugal, não percebo como é que qualquer par de namorados (homossexual ou heterossexual) quer casar. Só se for para divorciar logo a seguir. Afinal, todos sabemos que os benefícios fiscais para um par de divorciados a viver juntos são muito maiores do que um casal. Mas adiante...

O que me faz escrever este texto, e pelo título já depreenderam, não é se estes casais devem ou não casar, mas se devem ou não poder adoptar. Concordo que podem dar muito carinho, e dar uma formação correcta a qualquer criança. Não é esse o meu problema. O que me preocupa são as crianças, que, como todos sabemos, são sinceras, límpidas e cruéis.

Se para os adultos se nota a dificuldade em aceitar os casais homossexuais, nas crianças, neste momento, essa dificuldade será ainda maior. Se uma criança já é insultada imensas vezes por ser gorda, por só ter um pai (cada vez menos), ou por não ter pais ou estar numa instituição de acolhimento. Agora, uma criança adoptada por um casal de homossexuais, neste momento, seria alvo de demasiada pressão psicológica. Parece-me que devemos, talvez, aprovar a lei do casamento, dar o tempo necessário a que comecem a aparecer os primeiros casais, e quando isso for um pouco mais habitual, pensar-se na adopção.

Como sempre, esta é a minha opinião que pode ser (e espero que seja) diferente da do leitor. Se desejar comentar, por favor faça-o de forma correcta e construtiva. Relembro que os comentários são moderados e rejeitarei qualquer mensagem que não cumpra estes requisitos.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Viva o Google Translate (not)

Ora bem, o lixo electrónico, vulgo spam, vem cada vez mais personalizado. Além de tentarem introduzir o nome do destinatário, tentam que a mensagem vá na língua do destinatário. É que cada vez mais, quem cai nestes jogos tem poucos conhecimentos, nomeadamente têm dificuldades com a língua inglesa.

Recebi hoje um destes e-mails que quero partilhar convosco...
Olá, eu sou Mrs.Helen James, o proprietário de Helen Lending Firm. Eu sou um emprestador que dá para fora de empréstimo aos negócios e as pessoas privadas com baixas taxas de 5%. Dou-Secure e Un-Secured empréstimos com um valor conjunto de 5.000euro a 5.000.000euro. Se você quiser um empréstimo e você tem um mau crédito, nenhum problema contactar-me agora sobre helenloans1@gmail.com Obrigado
Analisemos, então, as barbaridades que podemos aqui encontrar. Em primeiro lugar, estamos a falar de uma senhora, Helen James, que é transsexual. Tão depressa é uma senhora, como passa a proprietário, macho, que empresta. Que empresta porque é emprestador. Seja o que isso for. Acho que é a primeira vez que vejo este substantivo a ser usado. O verbo empresta é comum, mas a sua forma substantivada ou adjectivada não o são. Passo seguinte, os empréstimos são para fora. Possivelmente não empresta no mesmo país onde vive (seja lá onde for), apenas para fora. Faz-me lembrar os célebres cartazes Comida para Fora ou Frango para Fora, que se encontram aqui pelo norte.

Dá também para confirmar que a tradução automática tem problemas com contracções de artigos com proposições. Isso não existe em inglês, o que deve atrapalhar a vida aos investigadores. Exemplo deste erro é o as pessoas que devia ser escrito como a as pessoas ou seja, com contracção da preposição com o artigo, às pessoas.

A parte dos empréstimos seguros ou inseguros ficou tão mal traduzida que nem sequer consigo perceber ao certo o que querem dizer com isso. Possivelmente, tentam vender a ideia de que dão empréstimos a fundo perdido. Claro! Afinal são pais de pançudos.. ahs, espera.. é uma Mrs, portanto não é casada... algo estranho por aqui... :)

Depois, ter mau crédito pode ser comparável a ter mau hálito? É provável que sim. Pois, tem mau hálito, chega ao banco e não lhe dão o dinheiro.

Nota final, a senhora volta a ser transsexual, usando o obrigado em vez do correcto obrigada.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Bíblias estranhas

Eu até concordo que a tarefa de criar estes overlays em tempo real seja propensa a erros. Mas a verdade é que por vezes exageram. Não sei quantas pessoas estão a olhar para a emissão da RTP ao mesmo tempo. Mas será que este texto é da responsabilidade de uma única pessoa? Não há forma dos outros comunicarem e pedirem a correcção em tempo real? Ou não compensa?

Bem, pelo menos serve para eu ter tema de conversa para colocar neste post...

domingo, 3 de janeiro de 2010

Séculos, Décadas... e anos zero...



Existe um problema crónico na sociedade portuguesa em relação à definição de século e de década. Bem, não tanto em relação à sua definição, mas em relação à sua relação com os anos civis.

Comecemos pela definição:
  • Século: período de cem anos;
  • Década: período de dez anos;

É evidente que o calendário actual não existiu assim desde sempre. Os anos não foram todos seguidos, tivemos anos com mais dias, anos com menos dias, e mais confusões várias. Mas é suposto, quando se falam de séculos ou décadas, que se ignorem esses pormenores, e se considere que o calendário começou no primeiro dia de Janeiro do ano 1, e que seguiu por aí fora até aos dias de hoje.

Assim sendo, o ano 1 terminou a 31 de Dezembro do ano 1, dando início ao ano 2, com o dia 1 de Janeiro do ano 2. Ou seja, neste dia comemorou-se (bem, falamos teoricamente, evidentemente) o término do primeiro ano. Continuando o passar do tempo, no dia 1 de Janeiro do ano 3 celebrou-se a passagem de dois anos.

Porque não têm todo o tempo do mundo para ler este post ano por ano, já devem ter reparado que no dia 1 de Janeiro do ano n se comemora a completude de n-1 anos. Então, no dia 1 de Janeiro do ano 10 comemora-se a completude de 9 anos. Ou seja, o último dia da primeira década do calendário gregoriano (que é o calendário que usamos actualmente) foi o dia 31 de Dezembro do ano 10.

O primeiro dia da segunda década foi o 1 de Janeiro do ano 11.

Torna-se simples (espero eu) de perceber, pelo que acima foi descrito, que a passagem de década é comemorada do dia 31 de Dezembro de um ano múltiplo de 10 (como 2000 ou 2010) para o dia 1 de Janeiro do ano seguinte (ou seja, 2001 ou 2011).

Dada esta explicação já devem ter percebido que a RTP meteu, de novo, a pata na poça, dizendo que um par de gémeos nasceu em décadas diferentes.

E porquê, de novo? Porque já na passagem de século tivemos centenas de notícias a relatar a passagem de século do ano 1999 para o ano 2000. Felizmente, ou não, voltaram a comemorar a passagem de século do ano 2000 para o ano 2001 (o que é correcto). Mas não foi suficiente para aprenderem.

Eu lembro-me de ter aprendido na primária que para calcular o século de determinado ano se pegam nos dois primeiros dígitos (por exemplo, para 2009, pegar no número 20) e somar-lhe um (ou seja, 21). De acordo com esta regra, o ano 2000 pertenceria ao século XXI. Mas tal não é verdade, porque também na escola primária, me preveniram de que esta fórmula tem uma excepção! Os anos múltiplos de 100, que pertencem ao século anterior.

Só é pena que os jornalistas da RTP tenham prestado tão pouca atenção aos seus professores na escola primária...

Defensão acérrima da nossa língua

A BP de Telheiras defende acerrimamente a nossa língua pré-acordo ortográfico. Tanto, que já não quer um 'c' antes do 't', mas dois!

É que não lembra nem ao Diabo...

Novo Look

Ano novo, cara nova. Estava farto do outro esquema, estreito e alaranjado. Haja esperança!

Saídas de Emergência... em todo o lado?

É sabido que a inspecção relativa à segurança de edifícios não é eficiente, até porque é muito fácil um edifício estar correctamente preparado e, num instante seguinte, deixar de o estar. É o caso de várias saídas de emergência com portas fechadas à chave, ou acorrentadas.

Isto leva a que se sugira inspecções surpresa, e não apenas as necessárias para abrir edifícios públicos ao público.

Depois, a definição de edifício público também devia ser revista. Será que uma igreja é um edifício público? Será que as igrejas seculares (ou mesmo algumas mais recentes) estão preparadas para que uma assembleia assustada possa ser evacuada em segurança?

Pois, eu acho que não.